Jovens empreendedores do país, particularmente os ligados às startups, têm estado a perder inúmeras oportunidades de acesso aos diferentes fundos de investimento disponibilizados por várias instituições financeiras, sobretudo do continente africano, por desconhecimento e falta de uma legislação própria nacional.
O entendimento foi manifestado quinta-feira, na cidade do Lubango, Huíla, pelo administrador executivo do Instituto Nacional de Apoio às Micro, Pequenas e Médias Empresas (INAPEM), Bráulio Augusto, durante um workshop de apresentação do ecossistema de inovação.
“Os dados têm mostrado que em Angola temos estado a perder inúmeras oportunidades de acesso ao capital, aos custos financeiros um pouco disponíveis pelo nosso continente. Ou seja, vários são os fundos de investimento, várias são as instituições com alguns recursos, em que Angola pouco tem sabido tirar proveito disso”, afirmou o administrador do INAPEM.
Bráulio Augusto apontou as razões que estão na base disso, como a ausência de legislação no país que regule a própria actividade das startups, além, sobretudo, de outros factores, como é o caso da barreira linguística, citando, por exemplo, como estaria preparado um empreendedor para ir se apresentar a um fundo nigeriano.
O gestor disse que a Huíla tem dado provas muito significativas do potencial existente e da capacidade local em termos de promoção de soluções inovadoras, que muito têm orgulhado o país. Sublinhou que vários têm sido os prémios e conquistas por parte dos diferentes empreendedores e outros parceiros do INAPEM.
A ideia principal do INAPEM é de impulsionar o empreendedorismo um pouco por todo o território nacional, com vista a elevar a quantidade de startups e fazer com que estas tirem maior proveito das oportunidades de acesso a capitais ao nível do continente.